This is a msg from a non muslim that i saw in one site and i loved:
I am not Muslim, but have quite a few Muslim friends and I know enough overall about this religion to know that it is based off of a peaceful nature and directs people towards being kindhearted. So, for those of you who disprove of what this woman is wearing I think it best if you yourself remember your religious values (or if you don't have a religion morals at least) before you start saying hateful things. Everyone has a right to express their opinion please just do it w/ class and kindness. My personal opinion is that this is a great message to spread to naive people who hate on this religion because it is linked to terrorist attacks (yet ignore the fact that all religions went wrong somewhere due to being used for justification of violent acts.) People who practice Islam are just like the rest of us they deserve a spot in the media and equal rights as well as the right to publicly support their beliefs.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Portugueses aderem ao Islão (encontrei na net)

Portugueses aderem ao Islão
2002-10-26 12:39:07
Morenas, olhos pintados de negro e dois véus longos a cobrir os cabelos. Parecem árabes, mas não são. Sara e Isabel, portuguesas e muçulmanas por convicção, aguardam pelo início da oração congregacional, sentadas no chão e descalças.

É sexta-feira, ou Jumma, dia sagrado para os muçulmanos. São 13 e 30 e na mesquita de Lisboa, perto da Praça de Espanha, ecoa o cantar do muezim a chamar os fiéis para rezar. Portugueses, moçambicanos e guineeses convivem harmoniosamente _ sempre com os seus telemóveis na mão, uma moda _ no pátio principal e na sala das abluções, onde se processa a lavagem ritual que precede a oração.

São apenas homens. As mulheres estão confinadas ao andar superior do templo. Já se perdeu a conta aos sapatos que se acumulam na entrada. A diversidade de crentes e o ambiente descontraído são prova viva de que o Islão é cada vez mais aceite em Portugal, «desde que é transmitida a telenovela O Clone», como ironizam Sara e Isabel. Aliás, a importância daquela telenovela é notória: logo na entrada distribui-se um pequeno livro intitulado Esclarecimento Islâmico em Relação à Telenovela O Clone.

Pelas duas da tarde a mesquita está praticamente cheia. O imã inicia o sermão, única parte da oração em português. No andar superior, Sara e Isabel continuam a contar a sua experiência. Sara, de 26 anos, abraçou a fé islâmica pela altura do último Ramadão, depois de ter feito amizade com uma marroquina. Isabel, que agora se chama Yasmin, é uma das mais recentes muçulmanas portuguesas, pois converteu-se há poucas semanas.

Para Yasmin, o que encontra na sua nova fé é «uma paz interior que a Igreja Católica não transmite», apesar de admitir que ainda tem muito que aprender, como a língua árabe. «Sentimo-nos identificadas e aceitam-nos muito bem. Já me ofereceram muitos presentes, até me deram o Alcorão em português», afirma. Sobre a religião lembra a origem da palavra Islão: «Significa paz e submissão». Relativamente à situação das mulheres, ambas consideram-se privilegiadas, pois «somos mais protegidas e há um maior respeito. Para os muçulmanos, quando uma mulher é deles é mesmo a sério».

Tal como Sara (que manteve o nome) e Yasmin, dois a três portugueses chegam, todos os meses, à Mesquita de Lisboa, desejando converter-se. «São normalmente mulheres, entre os 20 e 40 anos», explica o imã da mesquita de Lisboa, David Munir.

Actualmente, o número de crentes em Portugal situa-se entre os 30 a 40 mil. Em 1968, ano da sua fundação, a comunidade islâmica compreendia pouco mais do que 20 pessoas. O local de oração era a casa de Abdool Vakil, líder da comunidade desde 1988. «Foi a partir de 1974 que a comunidade cresceu, com a chegada de muçulmanos oriundos da Guiné e de Moçambique», conta Vakil, ele próprio um muçulmano nascido em Moçambique.

«Face à crescente afluência, as orações começaram então a fazer-se na cave da Embaixada do Egipto. Mas o projecto para erguer uma grande mesquita já existia desde a fundação da comunidade», adianta Vakil. Em 1979 é posta a primeira pedra do actual templo, com a doação do terreno pela Câmara de Lisboa. Com o apoio de vários países islâmicos, a Mesquita ficou concluída em Março de 1984.

Hoje em dia, nas épocas festivas, chegam a juntar-se cerca de oito mil crentes. Às sextas-feiras, o templo enche-se também e muitas pessoas têm mesmo de ficar à porta. Na Mesquita não se encontra qualquer representação humana, uma vez que a religião islâmica é contra a figuração. Contudo, o crescente com a estrela, o minarete e os diversos arabescos decorativos, em tons de verde _ cor do Islão _, com os 99 nomes de Allah ou passagens do Alcorão nas paredes, dão uma decoração própria ao templo.

Aberta todo o dia até aos acontecimentos de 11 de Setembro de 2001, a Mesquita de Lisboa está agora muitas vezes fechada. Após os atentados de Nova Iorque começou a abrir só para as orações, mas a normalidade está a voltar.

Actualmente, existem mais duas mesquitas: no Laranjeiro e em Odivelas. Há ainda diversos locais de culto espalhados pelo País.

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