Há várias denominações no Islão, cada uma com diferenças ao nível legal e teológico. Os maiores ramos são o Islão sunita e o Islão xiita.
O profeta Maomé faleceu em 632 sem deixar claro quem deveria ser o seu sucessor na liderança da comunidade muçulmana (a Umma). Abu Bakr, um dos primeiros convertidos ao islamismo e companheiro do profeta, foi eleito como califa ("representante"), função que desempenhou durante dois anos. Depois da sua morte, a liderança coube durante dez anos a Omar e logo em seguida a Otman, durante doze anos.
Quando Otman faleceu, ocorreu uma disputa em torno de quem deveria ser o novo califa. Para alguns essa honra deveria recair sobre Ali, primo de Maomé, que era também casado com a sua filha Fátima. Para outros, o califa deveria ser o primo de Otman, Muawiyah. Quando Ali é eleito califa em 656, Muawiyah contesta a sua eleição, o que origina uma guerra civil entre os partidários das duas facções. Ali acabaria por ser assassinado em 661 e Muawiyah conquista o poder para si e para a sua família, fundando a dinastia dos Omíadas. Contudo, o conflito entre os dois campos continua e, em 680, Hussein, filho de Ali, é massacrado pelas tropas de Yazid, filho de Muawiyah.
Essas lutas estão na origem dos dois principais ramos em que actualmente se divide o Islão. Os partidários de Ali (shiat ali, ou seja, xiitas) acreditam que os três primeiros califas foram usurpadores que retiraram a Ali o seu direito legítimo à liderança. Essa crença é justificada em hadiths interpretados como reveladores de que, quando Maomé se encontrava ausente, ele nomeava Ali como líder momentâneo da comunidade.
Sunismo
O islamismo sunita compreende actualmente cerca de 83% de todos os muçulmanos. Divide-se em quatro escolas de jurisprudência (madhabs), que interpretam a lei islâmica de forma diferente. Essas escolas tomam o nome dos seus fundadores: maliquita (forte presença no Norte de África), shafiita (presente no Médio Oriente, Indonésia, Malásia, Filipinas), hanefita (presente na Ásia Central e do Sul, Turquia) e hanbalita (dominante na Arábia Saudita e Qatar).Xiismo http://pt.wikipedia.org/wiki/Xiismo
O muçulmanos xiitas acreditam que o líder da comunidade muçulmana - o imã - deve ser um descendente de Ali e de sua esposa Fátima.O Islão xiita pode, por sua vez, ser subdividido em três ramos principais, de acordo com o número de imãs que reconhecem: xiitas duodecimanos, ismailitas e zaiditas. Todos esses grupos estão de acordo em relação à legitimidade dos quatro primeiros imãs. Porém, discordam em relação ao quinto: a maioria do xiitas acredita que o neto de Hussein, Muhammad al-Baquir, era o imã legítimo, enquanto que outros seguem o irmão de al-Baquir, Zayd bin Ali (zaiditas).
Os xiitas que não reconheceram Zayd como imã permaneceram unidos durante algum tempo. O sexto imã, Jafar al-Sadiq (702-765), foi um grande erudito que é tido em consideração pelos teólogos sunitas. A principal escola xiita de lei religiosa recebe o nome de jafarita por sua causa.
Após a morte de Jafar al-Sadiq, ocorreu uma cisão no grupo: uns reconheciam como imã o filho mais velho de al-Sadiq, Ismail bin Jafar (m. 765), enquanto que para outros o imã era o filho mais novo, Musa al-Kazim (m. 799). Este último grupo continuou a seguir uma cadeia de imãs até ao décimo segundo, Muhammad al-Mahdi (falecido, ou de acordo com a visão religiosa, desaparecido em 874 para retornar no fim do mundo). Os primeiros ficaram conhecidos como ismailitas, enquanto que os que seguiram uma cadeia de doze imãs ficaram conhecidos como os xiitas duodecimanos; o termo "xiita" é geralmente usado hoje em dia como um sinónimo dos xiitas duodecimanos, que são maioritários no Irão.
Para os ismailitas, Ismail nomeou o seu filho Muhammad ibn Ismael como seu sucessor, tendo a linha sucessória dos imãs continuado com ele e os seus descendentes. O ismailismo dividiu-se por sua vez em vários grupos.
Tambem os Xiitas são conhecidos por praticarem O ritual da Ashura
A lembrança da Ashura é quando os muçulmanos xiitas lembram o martírio de Hussein, neto de Maomé em Karbala, onde tal massacre, que teve mulheres e crianças massacradas, foi perpetuado pelas mãos de Yiazid, o filho de Muawya, aquele que havia lutado contra Ali e usurpado o califado de Hassan.
No Iraque, em certas regiões, a Ashura tomou uma visão grotesca, com autoflagelações e situações anti-islâmicas.
A autoflagelação é proibida dentro do Islão, e esta atitude é realizada por uma ínfima minoria dentro do xiismo, mas muitos acreditam que é um ponto comum entre todos os muçulmanos xiitas. Grandes sábios desaprovam e se opõem vigorosamente contra a autoflagelação, chamando-a de bidah ("inovação"). No Irão por exemplo, Khamenei coloca tropas nas ruas para proibir tal barbaridade, no Líbano o Hezbollah não permite que seus membros realizem esse tipo de horror, assim como Fadlullah, Sistani, enfim, todos os sábios xiitas, não o ratificam.
Infelizmente existe uma pratica entre os Xiitas que é o casamento temporario. Tanto pode durar 5 minutos, 1 hora, dias ou meses, 1 ou 2 anos, etc. Conforme o desejo do "casal". A mulher e o homem dizem algumas palavras e assim estão temporariamente casados, permitindo assim o sexo hallal. Sem pecado. Ou seja podes te casar por 1 hora e fazer sexo a vontade, depois deste periodo voltas a ficar solteiro e já não podes fazer sexo de consciencia limpa.
Kharijitas http://pt.wikipedia.org/wiki/Kharijitas
Outra denominação que tem origem nos tempos históricos do Islão é a dos kharijitas. Historicamente, consideravam que qualquer homem, independentemente da sua origem familiar, poderia ser líder da comunidade islâmica, opondo-se às polémicas de sucessão entre sunitas e xiitas. Os membros desse grupo hoje são mais comumente conhecidos como muçulmanos ibaditas. Um grande número de muçulmanos ibaditas vive hoje no Omã.Movimentos recentes (wahhabitas) http://pt.wikipedia.org/wiki/Wahhabismo
Um movimento dos wahhabitas, assim denominados por ocidentais e por pessoas de fora dessa corrente ideológica. O wahhabismo é um movimento fundado por Muhammad ibn Abd al Wahhab no século XVIII, naquilo que hoje é a Arábia Saudita. Os wahhabitas alguns afirmam seguir a escola hanbalita. O wahhabismo tem uma grande influência no mundo islâmico pelo facto de o governo saudita financiar muitas mesquitas e escolas muçulmanas existentes em outros países.Uma vertente radical do Islão e considerada como incorrecta.
Normalmente proibem as meninas de frequentarem a escola, ou as tiram da escola após concluirem o ensino basico. Não permitem musica, dança, poemas, livros etc. E as mulheres tem que usar niqab ou burka obrigatoriamente.
Muitos consideram que esta vertente está a destruir o verdadeiro Islão. Invetnato a sua propria Charia, uma junção de leis barbaras pré-islamicas com as leis Islamicas.
E ainda o Sufismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sufismo
Este é um comentario (que está mais a baixo) de uma irmã que está sempre a me dar bons conselhos, eu concordo com o que ela escreveu-me e que eu devo compartilhar com voces já que nem todos lêm os comentarios. Muito obrigada.
Assalam Waleikum, minha irmã linda. Obrigada por divulgar o Islam, só acrescento a seu texto que XIISMO, SUFISMO E TUDO QUE FUJA DO QURAN & SUNNA pertencem a outras religiões , não são ISLAM. Tudo que "não" está no Quran e Sunna é uma inovação, assim atribuir parceiros a Deus, autoflagelação, cultuar pessoas mortas, mágia, casamentos temporários , entre outros dispaltérios não pertencem ao Islam e tais pessoas que praticam isso, mesmo que tenham um dia professado o Deus Único não são muçulmanos, pois pertencem a outra religião. O Islam tem somente o Quran e Sunna como guia! Aicha (r.a.) relatou que o Mensageiro de Deus(s.a.w.) disse: “Aquele que tentar introduzir em nossa religião algo que não faça parte dela será rechaçado.” (Bukhari e Muslim)
A palavra “sunita” em si vem do termo “Sunnah”, explicado como sendo os ensinamentos do Profeta Muhammad, porque estão estritos em obedecer a esses ensinamentos sem quaisquer introduções, interpolações ou omissões. A palavra xiita (Shi’a em árabe) significa um “partido”, “seita”, “apoiadores” ou um “grupo de indivíduos com o mesmo pensamento”. Deus diz no Alcorão Se dirigindo a Seu Profeta, Muhammad:
“Não és responsável por aqueles que dividem a sua religião e formam seitas, porque sua questão depende só de Deus, o Qual logo os inteirará de tudo quanto houverem feito.” (Alcorão 6:159)
“...A verdadeira virtude é a de quem crê em Deus, no Dia do Juízo Final, nos anjos, no Livro e nos profetas;...” (Alcorão 2:177)
Essas outras religiões, atribuem parceiros a Deus, dãopoderes a seus imans, acreditam em coisas que Allah SWT ordenou que ficassemos longe, enfim, se desviaram e fundaram religões que não são Islam.
Salam, Lada!
ResponderEliminarSuper elucidativo o seu post, gostei.
Vc tem algum ramo preferido no Islam, o que achas?
Sobre os selos: indicamos dez ótimos blogs para receber o selo e o colocamos no nosso blog.(Se quiser, é claro)
Há novidades apetitosas no meu blog, passe lá...
Um abraço!
Waleicum Salam Denise
ResponderEliminarIslam é uma religião só, estas ramificações são o modo que cada grupos e sub grupos interpretam a religião em si.
Eu prefiro o sunismo (aqueles que se guiam pela Sunna) como guia. As outras ramificações a meu ver já são radicais e desviam-se da propria religião.
(vou dar uma olhadela)
Salam Waleikum irmã, parabéns pelo post, mto completo e esclarecedor.
ResponderEliminarAcabei de conhecer teu blog e já estou seguindo, te convido a conhecer meu blog tbm.
bjiimm e ótimo final de semana
http://meuamorpaquistanes.blogspot.com/
http://muslimahfashionn.blogspot.com/
waleicum salam Andreza :-D
ResponderEliminarmuito obrigada
vou já ver!!
bom fim de semana tambem e bjos
Assalam Waleikum, minha irmã linda. Obrigada por divulgar o Islam, só acrescento a seu texto que XIISMO, SUFISMO E TUDO QUE FUJA DO QURAN & SUNNA pertencem a outras religiões , não são ISLAM. Tudo que "não" está no Quran e Sunna é uma inovação, assim atribuir parceiros a Deus, autoflagelação, cultuar pessoas mortas, mágia, casamentos temporários , entre outros dispaltérios não pertencem ao Islam e tais pessoas que praticam isso, mesmo que tenham um dia professado o Deus Único não são muçulmanos, pois pertencem a outra religião. O Islam tem somente o Quran e Sunna como guia! Aicha (r.a.) relatou que o Mensageiro de Deus(s.a.w.) disse: “Aquele que tentar introduzir em nossa religião algo que não faça parte dela será rechaçado.” (Bukhari e Muslim)
ResponderEliminarA palavra “sunita” em si vem do termo “Sunnah”, explicado como sendo os ensinamentos do Profeta Muhammad, porque estão estritos em obedecer a esses ensinamentos sem quaisquer introduções, interpolações ou omissões. A palavra xiita (Shi’a em árabe) significa um “partido”, “seita”, “apoiadores” ou um “grupo de indivíduos com o mesmo pensamento”. Deus diz no Alcorão Se dirigindo a Seu Profeta, Muhammad:
“Não és responsável por aqueles que dividem a sua religião e formam seitas, porque sua questão depende só de Deus, o Qual logo os inteirará de tudo quanto houverem feito.” (Alcorão 6:159)
“...A verdadeira virtude é a de quem crê em Deus, no Dia do Juízo Final, nos anjos, no Livro e nos profetas;...” (Alcorão 2:177)
Essas outras religiões, atribuem parceiros a Deus, dãopoderes a seus imans, acreditam em coisas que Allah SWT ordenou que ficassemos longe, enfim, se desviaram e fundaram religões que não são Islam.
Gostei muito do seu blog. Parabéns. :)
Waleicum Salam irmã,
ResponderEliminarobrigada pelo comentario, tens razão e não tinha pensado nisso.
Muito Obrigada
Irmã Erica vê o que eu escrevi em cima :-)
ResponderEliminarAssalamu Waleikum Adelaide, é tão bom morar em lugar onde as pessoas respeitam e entendem o significado do hijab, uma pena que aqui seja bem diferente. Acredito que aos poucos as pessoas irão sair da ignorância e conseguirão entender que usamos hijab pq queremos e obedecemos a Allah.
ResponderEliminarSeja mto bem vinda lá no meu cantinho flor.
bjiimm e uma ótima sexta-feira
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Waleicum salam
ResponderEliminarEu vivo num pais cristão, onde como em qualquer parte do mundo a ignorancia em relação ao Islão é grande quanto mais sobre o hijab. Mas a diferença que a tolerancia é bem bem bem maior do que nos outros lados. Na rua ninguem me critica (mas alguns ficam olhando), só algumas pessoas que eu conheço é que se sentem na liberdade e descaramento de me dizer que não gostam o lenço (como se eu pergunta-se)....
De resto a é a mesma coisa que aí :-P
já dei uma olhadela nos teus sites :-)
ResponderEliminaradicionei aos favoritos, dou umas espreitadelas de vez em quando